quinta-feira, 29 de julho de 2010

Na efemeridade do dia


Na efemeridade do dia
desfruto a minúcia do tempo
e recordo a eloquência dos teus gestos
quebrada pela fugaz despedida
num beijo dado a medo...
Vagueio ainda pelo paraíso
do teu olhar
a cada grão de areia que se perde
estremece-me a alma
e gélida fica pela saudade

quinta-feira, 22 de julho de 2010

desse norte que perdi


Sem saber bem porquê
fez-me perder a cabeça
e esperar na janela
sem saber bem o quê
os gemidos das telhas,
apenas,
o vento ardente
sem noticias
desse norte que perdi
no estremecer do chão
por onde agora faço jornada
sem ti

quinta-feira, 15 de julho de 2010

entre a luz nua

entre a luz nua
a romper o negrume da noite
em perpétuos movimentos,
danças em meu redor
sussurrando doces dizeres
ao vento que agora é quente;
a tua ausência envolveu-me
e amargurado amanheceu
entre lençóis vazios
o meu coração