segunda-feira, 30 de agosto de 2010

poema

Existe um poema
não antes sentido
tem nele a esperança acesa
e para a vida
uma janela aberta
uma dor que sabemos de cor
e uma rua
à espera da passos certos
a coragem que rasga a noite
dos dias
o destino embargador
de uma alma cansada
ansiando o futuro;
existe um poema
como este
em branco
à espera de lágrimas e sangue
que escrevam a vida

terça-feira, 24 de agosto de 2010

à luz da Lua


faz breve esse silêncio que demora
desenlaça esse beijo que devora e
intensamente
dessedenta este desejo que destrói

quando
à luz da Lua corrupiam

inexplicáveis mistérios
como a onda que se estende
no corpo da praia
e leva nos lábios o gosto,
como o perfume que se desprende
dessa tua pele
e inebria todos os meus sentidos

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

um pedaço (GRANDE)



Hoje dei-me de conta de como me/nos fazes falta. Sem ti as coisas não resultam da mesma forma; como tu fazes, mais ninguém sabe fazer. Hoje, mais do que em outro qualquer dia, senti que és mais imPortante do que Alguém possa Imaginar; a tua ausência provoca uMa terrível inquietação, algum desespero e um incerto limite de saudAdes. Quem nos conhecer vai achaR que isto não passam de palavras bonitas, pois no dia-a-dia andamos tão ocupados que ainda que nos olhemos... não nos vemos e deixamos passar despercebidas tantas coisas. Coisas tão pequeninas, tão simples, ...
CheGo à conclusão de que somos mesmo muito semelhantes: prezamos o que nos diz o silêncio e temos as mesmas mArcas na fronte causadas pelas preocupaÇões que nos assaltam. Calamos a dor - seja ela de que natureza for - e somos como gatos pachorrentos a dormir...
Hoje, recostada numa parede, revi(vi) momentos da nossa vidA, da nossa relação que me conduziram a escrever isto, a deixar marcado no papel um pedaço (GRANDE) do meu coração.