quinta-feira, 25 de setembro de 2008

É difícil...


Tentei escutar, mas só conseguia ouvir o silêncio profundo da noite. É nesta altura do dia que consigo sentir-me em Paz. Sabe bem ouvir o silêncio.
Embora esteja escuro, fecho os olhos e, ao contrário do que eu imaginava, tudo se ilumina. Vejo-Te.
À minha volta tudo pára e, por breves instantes, tudo parece fazer sentido. Mas se abro os olhos... volto a ver escuridão.
O silêncio permanece.
Porém, nesses escassos segundos de certeza da Tua presença, peço-Te que não deixes que a minha mão escorregue da Tua.
É difícil seguir-Te.
É difícil, porque seguir-Te implica saber amar como amas-Te, sonhar como sonhas-Te, sentir como sentis-Te, rezar como rezas-Te, sorrir como sorris-Te.. dar a vida por amor como deste.
No entanto, também sei que é sumamente importante, mesmo sendo tão difícil, pois, será no seguimento dos teus passos, mesmo nos mais simples, que irei ser eu própria, à Tua semelhança.
Cativaste-me e, agora, estou persuadida que a vida não tem sentido se não for ao encontro da Tua Palavra, das Tuas mãos, dos Teus pés...

CM * 23 de Março de 2008

terça-feira, 23 de setembro de 2008

aNormalidade

Há muito que não pego numa caneta e num papel para escrever aquilo que me está preso na alma!
Hoje de manhã, levantei-me, com o 'tititi' do despertador, rumo à casa de banho. Vesti a roupa escolhida no dia anterior (gosto de fazer isso, não vá eu adormecer e seguir para a escola mesmo de pijama!). Uma barra de cereais, uma maçã e um café constituiu o pequeno almoço. Fui acordar a minha irmã para que me fosse levar à escola; à terça só tenho uma aula: Biologia. Cento e trinta e cinco minutos a olhar para a projecção na parede do sistema reprodutor masculino e derivados. Passou rápido; a turma é pacata!
Rumo a casa, de novo.
Almocei com o meu pai, a minha irmã e a minha tia. Estava com preguiça, como é habitual, e fui esticar-me no sofá.
Tentei pensar, reflectir, discernir...
(...)
Um dia disse a alguém: 'Sabe, eu não sou normal!'
Discordou, totalmente, comigo!
Mas serei eu normal?!
Até sou... Levanto-me de manhã e tomo o pequeno-almoço, vou à escola e porto-me bem, tenho defeitos...
Tenho uma (a)normal maneira de pensar; é a isto que me refiro!
(...)
Sou tão (a)normal que nem um exemplo concreto consigo dar-vos das minhas (a)normalidades!

É tão difícil...
Eu não quero cair em rotinas. Não quero deixar-me levar pelo sono nem pela preguiça...
Eu não quero tanta coisa...!
(...)

Eu não queria que este 'texto' ficasse tão (a)normal, mas eu sou... assim!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Nunca me esqueci de ti




- Deixo-vos a música que anda na minha cabeça nos últimos dias!
Um sorriso e um abraço :)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Vai ...


“Vai…

Para sonhar o que poucos ousaram sonhar.
Para realizar aquilo que já te disseram que não podia ser feito.
Para alcançar a estrela inalcançável.

Essa será a tua tarefa: alcançar essa estrela.
Sem quereres saber quão longe ela se encontra;
nem de quanta esperança necessitarás;
nem se poderás ser maior do que o teu medo.
Apenas nisso vale a pena gastares a tua vida.

Para carregar sobre os ombros o peso do mundo.
Para lutar pelo bem sem descanso e sem cansaço.
Para enxugar todas as lágrimas ou para lhes dar um sentido luminoso.
Levarás a tua juventude a lugares onde se pode morrer, porque precisam lá de ti.
Pisarás terrenos que muitos valentes não se atreveriam a pisar.
Partirás para longe, talvez sem saíres do mesmo lugar.

Para amar com pureza e castidade.
Para devolver à palavra “amigo” o seu sabor a vento e rocha.
Para ter muitos filhos nascidos também do teu corpo e - ou - muitos mais nascidos apenas do teu coração.
Para dar de novo todo o valor às palavras dos homens.
Para descobrir os caminhos que há no ventre da noite.
Para vencer o medo.

Não medirás as tuas forças.
O anjo do bem te levará consigo, sem permitir que os teus pés se magoem nas pedras.
Ele, que vigia o sono das crianças e coloca nos seus olhos uma luz pura que apetece beijar, é também guerreiro forte.
Verás a tua mão tocar rochedos grandes e fazer brotar deles água verdadeira.
Olharás para tudo com espanto.
Saberás que, sendo tu nada, és capaz de uma flor no esterco e de um archote no escuro.

Para sofrer aquilo que não sabias ser capaz de sofrer.
Para viver daquilo que mata.
Para saber as cores que existem por dentro do silêncio.
Continuarás quando os teus braços estiverem fatigados.
Olharás para as tuas cicatrizes sem tristeza.
Tu saberás que um homem pode seguir em frente apesar de tudo o que dói, e que só assim é homem.

Para gritar, mesmo calado, os verdadeiros nomes de tudo.
Para tratar como lixo as bugigangas que outros acariciam.
Para mostrar que se pode viver de luar quando se vai por um caminho que é principalmente de cor e espuma.
Levantarás do chão cada pedra das ruínas em que transformaram tudo isto.
Uma força que não é tua nos teus braços.
Beijá-las-ás e voltarás a pô-las nos seus lugares.

Para ir mais além.
Para passar cantando perto daqueles que viveram poucos anos e já envelheceram.
Para puxar por um braço, com carinho, esses que passam a tarde sentados em frente de uma cerveja.
Dirás até ao último momento: “ainda não é suficiente”.
Disposto a ir às portas do abismo salvar uma flor que resvalava.
Disposto a dar tudo pelo que parece ser nada.
Disposto a ter contigo dores que são semente de alegrias talvez longe.

Para tocar o intocável.
Para haver em ti um sorriso que a morte não te possa arrancar.
Para encontrar a luz de cuja existência sempre suspeitaste.
Para alcançar a estrela inalcançável.”
*Paulo Geraldo



  • Vou... à procura da Estrela!

Um sorriso :)