segunda-feira, 28 de novembro de 2011

o silêncio das coisas belas


Posso ser eu a felicidade
que tanto anseio,
a luz que falta me faz
e não enxergo.
Posso ser eu o caminho
que caminho sem saber onde,
mas certa de que encontrarei porto de abrigo
nos braços que me esperam.
Posso ser eu a esperança
que tantas vezes perco
e impede de me encontrar.
Posso ser eu um novo dia
e a manhã que tanto espero
e então apreciar a beleza
daquilo que me diz
o silêncio das coisas belas.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

quando o sol nasceu

fizemos planos
trocámos de roupa
e de corpo também
sem enganos
quando o sol nasceu
e se fez dia na alma de alguém
como as horas que voam com o tempo
viajamos nós perdidos no vento
que ao de leve nos toca
e nos lembra de acordar

terça-feira, 25 de outubro de 2011

o que queres de mim



O que queres de mim
se sou um sonho
que já ninguém sonha
O que queres de mim
se sou uma ruína
que o tempo jamais reconstroi
O que queres de mim
se já não sou o que fui
(sem saber o que era)
nesta viagem 
onde o regresso é uma miragem
O que queres de mim
se sou apenas os passos
do teu silêncio murmurando
O que queres de mim.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

nas asas de um beijo



Não me deixes
Nem hoje nem depois
Vamos ser só os dois
Porque juntos somos mais.
E caminharemos por aí
Nas asas de um beijo
Que nos arrepia
E aviva o desejo
De nos amarmos
Sempre
Mais...


Para o D

terça-feira, 6 de setembro de 2011

depois da chuva





Os meus lábios
Têm sede da tua pele
Dos amanheceres a dois
Entre os lençóis
Encaixados,
Sinto saudades.
A cada fim de tarde
Anseio a chegada
Que fará florir,
Como a chuva,
O nosso amor.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

entre o dia e a noite



Chegaste e logo me seduziste
num jeito balançante
entre o dia e a noite
levaste-me por completo;
nos teus braços me deleito
e encontro a essência que revigora
qualquer espírito humano
e desperta instintos irracionais
emanando à tona da pele
o mais íntimo da nossa alma.

domingo, 22 de maio de 2011

vamos nascer desse pó


A luz da Lua
reflecte agora no beiral da janela
onde a cada noite
te procuro
e me perco em sonhos
de ansiedade e desejo
Vem
chora as tuas dores
no meu peito
e enlaça a tua alma na minha
Vem
vamos nascer desse pó

sexta-feira, 18 de março de 2011

21

Foto tirada por Travassô - Águeda, num Verão refrescante.

Fechei o dia de ontem já hoje. O meu, dizem.
E lembro-me de, antes de adormecer, agradecer - a essa Divindade em que Acredito - a mãe, os pais que tenho, por respirar e poder sentir a minha pele absorver esta quentura do Sol e contemplar um céu azul que hoje me veio presentear, pela surpresa no jardim às doze badaladas (Afinal, o sino sempre toca!), pelas bonitas amizades que vou construindo, na minha nova morada, e aos velhos, mas de e para sempre, Amigos que me aceitam no seu intimo tal como Sou.
Obrigada a todos vocês que têm a memória no coração (e no facebook ;) ).

quinta-feira, 10 de março de 2011

neste instante



Talvez, amanhã
não virás, quem sabe
trazer um pouco de calor
talvez, amanhã
te encontre ao virar de uma esquina
por aí
e cruzemos juntos novas estradas
na vida que nos espera
talvez, amanhã
ainda demore
mas sou eu esse ar rarefeito
que te beija a face
neste instante

domingo, 6 de março de 2011

desejo


Ah, deixa-me gostar de ti
para lá do meu coração
onde tu e eu
somos mais do que nós dois
Deixa-me ser, estar, viver
para ti
não me digas nunca
não
Ah, como eu te desejo
como espero que
me aconchegues no teu colo
e me nutras na volta
infindável de um terno beijo

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

senti(n)do

Hoje vejo a Lua, o Sol e o Céu
a montanha, o mar e a brisa
feita véu
Sinto quente, frio, gelado
inóspito sabor
salgado, agre e doce
Ouço o canto, o murmúrio e a aflição
feita vôo avesso
ao bater do coração
Hoje sinto tudo
para lá de qualquer sentido ou sensação

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

fuga

o teu olhar mente
cada vez que te vejo
é a mim que vês
e foges
para uma cidade deserta
num país sem nome
és a história da minha ilusão
uma equação matemática
uma expressão elevada ao infinito
um poema que enaltece o sentido
de uma dor qualquer

domingo, 16 de janeiro de 2011

dança na Lua


No vento escrevo sentimentos
doces e ternos
na ânsia de que este me leve
de novo até ti
desenho no céu o teu rosto
e deixo-me ficar
no calmo silêncio da noite
a Lua está perto e
lá nos leva o meu pensamento
e dançamos uma melodia resplandecente
cantada pelo nosso único coração.

sábado, 1 de janeiro de 2011

2011


O tempo passa tão rápido, não é?!
Vejo este ano que termina não apenas como mais uns dias que passaram, mas como mais um trecho percorrido no Caminho da minha Vida.
Dois mil e dez foi um ano de mudanças e transformações profundas. Perdas, decepções, angústias, ansiedades, esperanças, saudades, fé, lágrimas, alivio, (des)alento... mas, sobretudo, Amor...
Apercebi-me, ao longo destes doze meses que hoje terminam, que perdemos tempo demasiado com coisas supérfluas. Dei conta do verdadeiro significado de «ser familia», em família, pela família. Descobri que a distância nos aproxima (duzentas e dez vezes mais) do coração de quem nos ama... Perdi... e por perder... aprendi a ganhar, aprendi a dar valor aos verdadeiros valores... Aprendi que não existimos para o mais fácil. Com passos de esperança a vida constroi-se, lutando por um mundo de Amor e de Paz, consegue-se um caminho exponencial de Felicidade.


Não vou fazer uma lista de planos para 2011 nem chorar de arrependimento qualquer momento de 2010. A esperança não lançou um qualquer decreto dizendo que a partir de Janeiro tudo vai mudar. Não! Não desejo uma vida nova, como já li e ouvi hoje tantas vezes. Ainda que não seja fácil, quero fazer deste ano um ano... Novo, com novas sementes. E ousar lançá-las em boa terra para que, em momentos de tempestade, a raiz seja forte e capaz de ultrapassar qualquer desastre e qualquer crise.
Que de hoje em diante, hoje porque é o começo de um novo ano, saibamos ser mais e melhores, sentir mais Amor - dando-o de coração aos outros - fazendo Natal todos os dias.