terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Manias e desafios

A Cathy lançou o desafio, vamos a ver como me saio.


  • Cada bloguista participante tem de enunciar 5 manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher 5 outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue.


Mania de Escrever a lápis. Não sei porquê, gosto sempre de escrever tudo a lápis. Mesmo até aqueles trabalhos para entregar, os textos do blogue, os testes antes de passar a caneta. Vai-se lá perceber...

Mania de Apagar as Luzes; não há luz que me escape. É um desperdício tremendo sair de um compartimento e deixar as luzes acesas. Aborrece-me.

Preto e Castanho - NÃO! É uma conjugação de cores de roupas, aos meus olhos, horrível. Não consigo usar sapatos castanhos com casaco preto e vice-versa. Manias.

Ahmmm - Sempre que discurso ou falo em público, acontece-me aquando do racicionio. Eu não acreditava até ver uma gravação de um desses momentos. É verdade, realmente.

Tenho a mania de Ligar o Computador assim que acordo; é a primeira coisa que faço, antes de ir à casa-de-banho. É quase um ritual.



  • Passo o testemunho ao António Valério, ao Jorge Brasil Mesquita, ao Carlos Gonçalves, à Gisele e ao Rodrigo Mourão.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O sonho (real) de Natal



Já cheira a Natal em todo o lado e a verdade, é que estamos a aproximar-nos do dia que as TV's e os centros comerciais anunciam quase há dois meses! Ouvi uma conversa familiar, de novela é certo, mas a avaliar pela situação que, actualmente vivemos, acredito que existem casos assim semelhantes. A mãe, muito preocupada, comunicava aos filhos que neste Natal não iria haver presentes, o seu pequenino negócio já não dava lucro como outrora deu e, por isso, o Natal ia ser muito pobrezinho, contava angustiada. Os filhos reagiram de maneira contrária à que a mãe pensava; abraçaram-na e num sorriso disseram que o importante é estarem juntos e todos bem.
O tempo que vivemos convida-nos à reflexão interior, fazendo o balanço do que é isto do Natal. É triste que um boneco de ocasião tenha roubado o berço ao menino Deus, apoderando-se do Seu Nascimento para fazer as marcas vender.
Lembro-me, quando era (mais) pequenina, de deixar o sapatinho debaixo da chaminé, para o Menino Jesus deixar lá uma prenda. Fui educada assim, dentro dos valores cristãos, para mim os mais verdadeiros; mesmo agora, depois da idade adulta, em que já não me vejo obrigada a imposições.
O Advento, a preparação para a chegada do Salvador, faz-me pensar... em todo o dinheiro que se gasta em presentes, nas campanhas de solidariedade, naqueles que não sabem o que é uma ceia de Natal e muito menos um presente, naqueles que não conhecem o aconchego da lareira, penso, também, nas mesas fartas e como seria se não tivesse um pedaço de pão, penso nas SMS que se enviam antes de terminar a promoção das 1500 grátis, penso como é bom ir a correr à caixa de correio e ler o postal do vizinho do lado que, mesmo por morar ao lado, faz questão de selar a Amizade de sempre, penso nas demais familias que deixaram de o ser, porque dinheiros e luxos tiraram o lugar a um Lar de Amor,... penso em muito mais, mas o meu pensamento foge, agora, para a figura central do verdadeiro quadro natalício - o presépio - o Deus Menino que nasce, em palhas de uma humilde cabana. O cenário que o Homem tende, cada vez mais, fazer correr o pano, 'abafando-o' com sacos e presentes espalhados, abaixo da árvore que tem no cimo a Luz que guiou os Reis no Oriente. 
É urgente, mais do que nunca, compreender o verdadeiro, o real, o genuíno sentido do Natal. É urgente fazer perdurar o brilho da Estrela - Guia por todo o ano.
O Natal serve, também, para abrirmos o nosso Coração, que só se abre por dentro, àquele com quem vivemos mais afastados. É um ponto de partida para o Amor, se assim o quisermos.
Desejar o Bem e a Felicidade ao outro é mais do que um desejo, é um compromisso.
o maior e melhor presente deste Natal. Dá-te! Entrega-te (!) ao próximo, como Ele se entregou à Humanidade.

Comprometo-me contigo, no sentido de fazermos com que este Natal seja diferente: com mais autenticidade, mais verdadeiro, com mais Amor.

Um Santo e Feliz Natal, a todos os que por aqui passam.
Um beijo e um abraço apertado no vosso coração.
Clara

domingo, 20 de dezembro de 2009

o sentido de tudo isto!



Acredito, firmemente, que o hábito é bem mais perigoso do que o vício. Quando se trata de vício, vai-se tendo a consciência - ainda que, por vezes, as consequências não sejam as desejadas - do que se está a fazer; com o hábito não acontece desta forma. O hábito é tão rotineiro que fazemos só porque estamos assim acostumados, não olhamos ao significado das coisas nem lhe depositamos o valor que deveria ser.
Tenho andado a contrabalançar o (meu) estilo de vida. Vejo-me diante de factores que se contrapõem e surge, então, um emaranhado de (terríveis) questões para clarificar.
Não quero tudo de uma vez, não! Só que... eu quero tanto aprender (o sentido de tudo isto!)...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O difícil é ser simples



O difícil é ser simples! - dizia uma senhora com tamanha veracidade nas palavras, num programa de TV.
Entre uma colherada e outra de sopa, vi-me a pensar em tão sábia frase: 'O difícil é ser simples!'. Mas o que é ser simples? Como posso eu ser simples numa sociedade tão complexa e complicada?, interpelo-me.
De uma forma fugaz tornamo-nos complexos; ser simples, olhar e viver com (e na) simplicidade leva o seu tempo, é preciso querer e sentir a essência das coisas que nos banham, diariamente.
Temos sempre tendência a escurecer aquilo que nos surge como entrave ao caminho, quando estamos, sem dar conta, a adicionar um empecilho à nossa vida, que vem impedir o caminhar. Teimamos esconder-nos por detrás de uma luta pelo consumismo, a verdade é que é urgente centrar o nosso âmago para a realidade e não para uma distorção dela.
Posso ainda falar da efemeridade da vida. Quanto mais complicamos, menos aproveitamos dela. E isso é tão mau. Há tantos sentimentos que rejeitamos por termos medo, por vergonha, por..., por... Quando seria tão mais simples se nos entregássemos simplesmente com Amor à simplicidade da Vida. Então aí sim! - seremos simples.

domingo, 6 de dezembro de 2009

dispersões


O nosso fim é começar.
Assim, fácil. Como comecei este poema.
Lentamente, talvez, sem pensar.
E quem sabe, o nosso começo
não verá o fim...
É curioso.
Mas começar o quê?
Falamos sem conhecer as palavras,
porque desconhecemos o que vemos,
recusamo-nos a olhar,
mas, fugimos sempre como borboletas,
num céu disperso,
à procura de qualquer coisa.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Há amores assim...




Há amores assim...
o inicio já não conheço o seu começo
e o fim não quero conhecer
Há amores assim...
são como quando o rio vai
e abraça o mar e se misturam numa só água
Há amores assim...
as lembranças ocorrem em qualquer esquina
ou num banco de jardim
esperando o beijo tardio
Há amores assim...
a certeza da metade que traz consigo
num olhar a eternidade e no regaço a vida
Há amores assim...

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

silêncio falante




É tão bom quando
me envolves no teu olhar,
no teu toque,
na tua respiração,
em ti...
A atmosfera pertence-nos,
foi ela construída por nós,
pedaço a pedaço,
na leveza de cada gesto transparente
das almas que se fundem
e alumiam a noite
e enriquecem os dias,
num silêncio que diz tudo.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

máquina do tempo



Há bem pouco tempo, entre conversas banais e menos banais, perguntei a uma ela, por sinal, muito próxima de mim, algo que devo ter escutado em algum sitio: Se pudesses, o que mudarias no passado da tua vida?
"Ah, muita coisa..." - foi a resposta. Não me satisfiz; apenas, "Olha, porque sim...", respondeu.

Dei por mim a pensar que eu não mudaria nada. Claro que não! Nem os momentos bons nem os mais desgostosos. Seria a comprovação, às claras, de que não gosto de mim como sou hoje, as pessoas que me envolvem não seriam as certas, o que faço não teria sabor, ... o que é uma terrível mentira! Por muitos momentos de inseguranças e dúvidas que o dia-a-dia me possa trazer... Claro que surgem as perguntas 'E se fizesse aquilo?', 'E se tivesse ido lá?', claro que surgem; mas, se um dia tomei as decisões que considerei as correctas e hoje cheguei aqui, só tenho de agradecer esse (GRANDE e ÚNICO) facto, todas as manhãs.

Eu gosto de ser quem sou, como sou, com quem sou...
Se houvesse a eventual possibilidade de entrar numa máquina do tempo e recuar, pediria, somente, para (continuar a) viver.
Se mudasse um gesto, por mais pequenino que fosse, um espaço, ou mais, estaria por preencher no puzzle da Vida que tenho vindo a construir.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

incendiamos o mundo



Ainda é cedo para nada e é tarde para tudo;
abre a janela e descobre
as estrelas presentes
no teu olhar de menino.
Vamos mais, muito mais,
além,
a cada dia,
de quem somos.
Num estremecer de almas
e em sinestias de sentidos
incompreensíveis,
procuramos a pedra mais preciosa
que nos enfeita o peito.
E olhamos o Céu;
e num esplendoroso bater de asas
incendiamos o mundo
com o nosso Amor.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Obrigada



Antecederam-se dias difíceis. Ainda nada foi esquecido, se é que alguma vez o poderemos fazer.
No entanto, é nesta altura que me encontro a reflectir sobre acções vividas. E agora, dou o devido valor a palavras, gestos, ordens, ... e sem dúvida, à presença das pessoas que viveram e sofreram (sofrem!) por mim.
Diz-se que quando perdemos (?) algo é que lhe damos o devido valor; não deixa de ser verdade.
A ausência corroi. As lembranças assaltam a memória, constantemente.Vêm momentos que já nem lembrava que existiram.
Dou-me de conta de que a minha compreensão e sensibilidade estão mais apuradas, principalmente, com aqueles que carecem de carinho, por tanto o terem dado.
São instantes como este que me levam a avaliar as injustiças que tecemos ao longo da vida; e colocamos na balança o tempo útil e o desperdiçado, e chegamos a ter medo de saber qual o prato que mais pesa. Não são cinco minutos de vinte e quatro horas que vão fazer o dia mais pequeno; pelo contrário: o nosso dia passará a ter vinte e quatro horas e cinco minutos, porque demos esse tempo a mais a alguém, a quem o tempo (já) não perdoa.
E é nestes momentos, também, que descobrimos quem não apenas rejubila connosco, mas sofre também e nos dá a mão, o ombro e o coração.

Obrigada a todos vós que estivestes presentes. :)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

fim (?)



O desfecho foi o pressentido.
Viveu 78 (setenta e oito) anos comigo.
Sim, porque eu já tinha nascido nela, mesmo antes de a minha mãe ter dado à luz.
Não estou triste por ela, porque estou certa de que está bem, em 'Boas Mãos'; estou triste pela vida que fica cá ao vê-la ir amanhã.
Contudo, não sei chorar. Não queria parecer fria e insensível, mas não consigo. Às vezes gostava de ser menos racional.
Não vou falar do passado; vou guardá-lo.
Somos as meninas, as sobrinhas, as filhas dela. Somos!

'Oh  Maria do Carmo...'


da sua Pitorrinha



quarta-feira, 11 de novembro de 2009

é difícil

Hoje acordei cedissimo pelas piores razões. A noite, por si, não tinha corrido melhor, entre voltas e 'conversas', inquietações e reviravoltas, deviam rondar as 04h quando fechei o dia de ontem.
São agora 07:44, levantei-me em sobressalto, há 44 minutos, mas a inquietação não acabou.
Não consigo pensar direito, tenho apenas duas palavras às voltas no cérebro: Vida e Morte. O que significam? Quando é a melhor altura para surgirem? E eu não sei. Está tudo confuso. E pesa. É sempre nas alturas de maior inquietude que surgem as perguntas mais dificeis e nem o silêncio se atreve a falar, com medo de dizer o que quer que seja.
Perdi o sono. (O que não é normal!) Instalou-se uma perturbação tão repentina, tão... (respirar fundo)
O meu pensar diz-me que tudo faz parte e, por isso mesmo, terei de estar preparada para... tudo!
Desmorona-se tudo. TUDO!

domingo, 8 de novembro de 2009

história(s)



Para se começar uma história é somente necessário: começar...
Começar a caminhar rumando a novas estradas, atravessando nevoeiros com um coração sedento por conhecer mais e mais.
Ao descobrir a beleza posta nos nossos olhos, iremos aperceber-nos do quão luminosa é a Chama que vive dentro de nós, usada como farol para encaminhar o barco perdido que somos, por vezes.
Durante o caminho da nova história que se escreve continuamente, passaremos por lugares que soarão a desconhecido. Contudo, algo em nós renascerá, nasceremos de novo.
A vida é, sendo esta a história, feita em caminho para que o ser possa ser em nós, onde se volta a nascer a cada encontro e desencontro, a cada avanço e recuo... mas com a segurança de que há um Olhar terno e perene que vela a pena que escreve e não deixa que a história termine.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

um passo em frente



Dou por mim a pensar em como apenas um passo pode mudar todo o rumo. Um gesto tão simples capaz de transformar uma vida cheia de complexos, embrenhada em afazeres desnecessários. É tão somente entender o silêncio e, sobretudo, saber escutá-lo, que faz falta; é dele que se extraem as palavras que vêm aconchegar o coração ferido.
E se for preciso chora-se.
A realidade é o horizonte da vida, que pintamos com as cores dos sentidos... e não podemos deixar espaços em branco, pois os passos têm de seguir viagem para alcançar aqueles que esperam a nossa chegada.

domingo, 1 de novembro de 2009

há sábados assim!


Sinto um cansaço enorme. Procurei o meu lugar cá em casa e recolhi-me no sossego do silêncio, ambientando o ar com melodias suaves.
Por minutos, fechei os olhos, tentando libertar-me deste peso que hoje recaiu sobre mim. E respiro fundo e, chego à conclusão que, afinal, a minha vida não é tão difícil como, por vezes, a pinto. Atitude essa depende dos meus olhos que são o meu sentir, dos meus gestos transformados nas minhas palavras...
Saber que a melhor saída é, sempre, seguir em frente pelo caminho que se vai rasgando diante de mim, construindo pontes de abraços, enlaçados em sentimentos. Assim, serei capaz de ser (mais) eu, ainda que nem sempre tudo seja nitido, saiba a mel ou mesmo que me pique num espinho. Tenho de ter a consciência de que, mesmo que a núvem seja escura e ameace chuva e ventos fortes, o Sol esconde-se por detrás e há de vir irradiar a sua beleza, fazendo-me voltar a respirar e a notar que a tempestade veio enraízar a árvore ao solo.
Sinto-me, agora, mais leve, menos cansada, por partilhar... contigo!
Obrigada por me leres.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

a vida é feita de momentos


Sopra um vento leve em torno da nossa presença. Deixamo-nos ir com ele com o intuito de beijar novos lugares, explorar novos desertos e alcançar belos horizontes.

A vida é feita de momentos; momentos de paz, de certeza, de inquietude, momentos de clareza, de serenidade, de irreverência, momentos de fé, de amor, momentos de dúvida, ...

Juntamo-los todos e construímos, passo a passo, esta viagem. Como a água, fonte de vida, que corre no rio e se renova, a todo o instante.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

unicidade

Não me peças para explicar,
sente, somente;
é grande e poderoso esse sentimento,
que faz mover Everestes,
ouve no vento a minha voz,
lembra, sonhando cada promessa
jurada em instantes eternos,
guarda o toque
do meu coração no teu,
como um Sol que nasce
e renova a vida de quem ama.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

somente por amar

O nosso amor é fácil,
porque amamos,
apenas.
Tudo é etéreo,
um tudo criado pelo nosso desejo
de amar cada vez mais;
o emancipar das nossas almas
só é visível aos olhos do coração.
Flutuamos sem regresso,
entre núvens,
feitas de suspiros,
onde há fôlego para amar,
somente por amar.

domingo, 18 de outubro de 2009

a certeza da razão

O amor é a razão,
só,
da existência de cada um,
no mundo;
sem caminhos perfeitos,
feitos de longas esperas,
imperfeitas demoras,
devaneios loucos,
teimosias vãs;
sabe sempre a pouco,
a cada dia,
a certeza do amor.

domingo, 11 de outubro de 2009

Quero-Te mais!


Quero-Te mais,
porque sim,
Quero-Te mais,
porque me encontro na escuta da Tua palavra;
Quero-Te mais,
porque sim,
Quero-Te mais,
porque avivas a minha vida;
Quero-Te mais,
porque sim,
Quero-Te mais,
porque és refúgio e fortaleza;
Quero-Te mais,
porque sim,
Quero-Te mais,
porque és todas as palavras num silêncio apenas;
Quero-Te mais,
porque sim,
Quero-Te mais,
porque és como o Sol que afaga a Terra;
Quero-Te mais,
porque sim,
Quero-Te mais,
porque é grande o desafio de Te seguir;
Quero-Te mais,
porque sim,
Quero-Te mais,
porque querer mais é querer ainda pouco.
Quero-Te mais.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

descobertas

Navegamos, logo pela manhã,
em mares distantes de multidões,
mergulhamos sem medos
nas águas e depressa
emergimos delas
num beijo apaixonante;
Deixamo-nos ir na rota do vento,
embrenhados na maresia que vem
afagar a pele marcada pelo sol;
é aquele barco a nossa ilha,
rodeados apenas pela grandeza
do nosso encanto.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

sopros


Todas as sensações
que me fazes sentir
guardá-las-ei no mais profundo
do meu coração;
Assim como o vento
pinta o espaço, em nosso redor
e a chuva canta para nós
suaves melodias,
também eu quero mover
os teus sentidos,
numa dança a dois,
por entre verdes campos,
testemunhas das nossas viagens.

domingo, 4 de outubro de 2009

hoje sinto-me assim:

Pareço os meus sobrinhos quando lhes dou um chupa-chupa! :D








Estou feliiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiz!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

fantasias


Tenho pudor a fantasia. Porquê imaginar o irreal, se não sabemos viver o real?
A vida vai correndo como as águas de um rio que passam e não voltam a passar no mesmo lugar. Também eu não posso fantasiar o dia em que voltarei a olhar para ti e imaginar o sitio perfeito, onde veremos o pôr-do-sol.
E ficamos. Vemos o amanhecer. Acaricio o teu rosto, como os primeiros raios de sol que o novo dia nos oferece. Olhamo-nos tão fundo que não são precisas palavras para descrever o sentimento sentido a cada segundo. Tomamos banho no mar, o teu, o nosso mar. Delicio-me com a tua pele morena; condiz com os teus cabelos loiros. És a conjugação perfeita. Sinto-me bem, encontro-me nos teus braços e perco-me no teu abraço. Ambos sabemos que o amanhã vai ser diferente, mas este céu que hoje, finalmente é nosso, basta-nos. Amamo-nos e somos felizes. Tenho pudor a fantasia.

10 de Abril de 2009

domingo, 27 de setembro de 2009

pinceladas de sentimentos


São agora as folhas amarelecidas
pelo tempo,
os lençóis que os envolvem;
o calor que só o Outono traz
não se compara ao estado febril
que emana do único corpo que são,
por instantes.
Têm diante de si
a mais bela aguarela,
única,
pincelada com sentimentos,
em numerosos tons:
o amor.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

caminho


Não nos olhemos

nos olhos,

vamos antes dar as mãos

e olhar com fulgor

na mesma direcção;

porque o amor é isso mesmo:

fazer caminho a caminhar,

parado, a andar, a correr,

lado a lado,

dividindo o sentimento e o sofrimento

com quem escolhemos para

guiar com o coração.

sábado, 12 de setembro de 2009

esperas


A vida não passa de uma espera!
Estamos a correr no e contra o tempo, mas, involuntariamente ou não, esperamos. Esperemos hoje pelo amanhã, todos os dias. Esperamos que o passado mau nos deixe de atormentar o dia-a-dia. Esperamos que a velhice tarde. Esperamos que a nós não aconteça aquilo. Esperamos que ... Esperamos se ... Esperamos por qualquer coisa que, no fundo, não sabemos bem o que é. Mas esperamos.
O que somos nós, se não loucos desesperados?
O passado já ficou, o presente mal o recebemos e o futuro não espera!
(...)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

uma coisa chamada amor


Este cheiro a incenso queimado,

traz ao meu pensamento

os momentos aromatizados

de paixão,

saboreando com amor

e delicadeza

cada contorno dos nossos corpos.

A saudade, agora,

faz-me querer repetir

cada gesto,

na ânsia de puder

beijar a tua mão direita,

enquanto me conduzes

para um mar

de profundo sentir.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

apenas mais uma


Sentir
é pintar sentimentos, sorrisos, desejos, mágoas, sonhos, lágrimas, paixão, dor, carinhos, ... no coração do outro. Assim como o sol, pela manhã, pincela o verde dos campos com os seus raios de luz e desperta os amantes que dormem lado a lado sob um céu repleto de estrelas.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

domingo, 23 de agosto de 2009

sonho




Sonho, por instantes,

e acredito nesse sonho:

sonho viver um futuro conjugado,

eu e tu,

o nós que vive o amor presente,

no presente,

sempre.

Não deixemos que

seja fantasia,

vamos amar-nos,

na verdade, na realidade de um sonho,

mesmo que este amor

pareça nada,

pode sempre tudo,

porque amar(-te)

é como sonhar.




Para o C

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

perFeito


Tudo é perfeito,

naquela praia

cumplice dos nossos segredos

sussurrados,

entre carinhos e sorrisos.

Sentimos o enleio

que não nos separa.

Maldito tempo que se acaba

quando fugimos para um mundo

só nosso.

Tudo é perfeito porque,

assim

nos sentimos felizes.

Por ser... como é:

é perFeito!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

coisas que não têm preço


E o preço do Amor és tu. Com todos os teus defeitos, desejos, ânsias, caprichos, qualidades e sonhos, ...
Por outro lado o Amor não tem preço. Porque não custa gostar de ti... como tu és! E é tão simples quando pensamos que tudo é complexo. Complexos somos nós por pensarmos assim.
Um não é pouco, porque quando somos um... somos muitos e nada é mais forte do que o nosso Amor num suspiro, num sorriso ou num entrelaçar de mãos.




- Não, não anda aqui passarinho verde!

domingo, 16 de agosto de 2009

É tão bom


«-Vocês não são nada parecidas com a minha rosa! Vocês ainda não são nada - disse-lhes ele. - Ninguém vos cativou e vocês não cativaram ninguém. São como a minha raposa era, uma raposa perfeitamente igual a outras cem mil raposas. Mas eu tornei-a minha amiga e ela passou a ser única no mundo.

E as rosas ficaram bastante arreliadas.

- Vocês são bonitas, mas vazias - insistiu o principezinho. - Não se pode morrer por vocês. Claro que, para um transeunte qualquer, a minha rosa é igual a vocês. Mas, sozinha, é mais importante do que vocês todas juntas, porque foi ela que eu reguei. Porque foi ela que eu pus debaixo de uma redoma. Porque foi ela que eu abriguei com o biombo. Porque foi a ela que eu matei as lagartas (menos duas ou três, por causa das borboletas). Porque foi a ela que eu ouvi queixar-se, gabar-se e, até, às vezes, calar-se. Porque ela é a minha rosa.»

in O Principezinho, Antoine de Saint Exupéry



- É tão bom quando sentimos que algo é nosso, nem que seja só um bocadinho. É tão bom ouvir no silêncio de um beijo lançado com a mão as mais belas palavras ditas em segredo de olhares cúmplices. É tão bom quando sentimos 'assim um aperto' quando nem tudo está bem.

Por ser assim... como é... é tão bom...

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

'Vá lá, anda daí...'


«Nem sempre conseguimos encontrar-nos no momento presente, nem sempre tens tempo para mim, mas sei que posso contar sempre contigo, que, num momento de crise, estarás ao meu lado, que voltarás sempre, porque se a vida é um eterno regresso a casa, a amizade é um amor eterno. Vá lá, anda daí, vamos os dois um bocadinho à Lua. (...) Seja na Lua, ou cá em baixo entre os homens - tanto faz o tempo e o lugar - o que conta é o modo de ser e de amar.»
Vou contar-te um Segredo, Margarida Rebelo Pinto

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Liberdade





Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.

O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...



Fernando Pessoa


* Como este senhor sabia dizer umas coisas!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Como a flor


Preciso tanto de Te falar no silêncio. Preciso de uma conversa como outrora tivemos.

De repente, sem saber porquê, tudo perdeu a cor. O ensurdecedor silêncio que ouço não me deixa escutar-Te e a estranha luz que me cega não me deixa ver-Te.

É uma verdade que carrego, que já não suporto, que não compreendo, que dói... Dói querer e não conseguir. Dói fazer as coisas sem gosto, apenas para manter as aparências. Dói porque não existe mais em mim a coragem e ousadia para caminhar além. Dói porque não consigo erguer os braços para mudar. Dói porque sinto falta de Te escutar. Dói porque ao olhar não Te vejo.

Foi, talvez, a chorar que consegui ver-Te e sentir-Te com o coração e, foi aí, quando estava caída, que me estendeste a mão e me sopraste nos olhos. Por saber que assim foi, hoje, sinto um peso enorme sobre mim.

Sinto-me assim, como a flor... Não preciso de mais nada, a não ser de Ti...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Foi Deus!


Ultimamente, não tenho motivo, emoção, inspiração para escrever!
Não sei discernir palavras, gestos, sons, cheiros, sabores e traduzi-los em poesia. É como se o peito não batesse o compasso que me vai mantendo aqui.
Delicio-me, neste momento, com o som do projecto 'Amália Hoje'; que obra prima. E, as letras, nesta versão, para mim, são ainda mais bonitas.

'Misto de ventura, saudade, ternura, e talvez amor.'

Realmente, 'Foi Deus' que fez tudo, exactamente, TUDO! Tudo, à excepção do mal. Pelo mal, somos nós responsáveis, todos assinamos por baixo. É de entristecer!
Esquecemo-nos tantas vezes de olhar, simplesmente, as estrelas, a relva a crescer, ... Esquecemo-nos ainda mais vezes de agradecer por acordar todas as manhãs e ter a graça de saborear, de graça, o dia que vem.
Contudo, as controvérsias e desilusões que a vida vai trazendo desalentam qualquer um, ainda que este/a não queira. As forças para evitar escasseiam, o sentido já não tem sentido e a razão perdeu a razão. Acabamos por nos sentir à beira da loucura. Gritar já não salva!

domingo, 19 de julho de 2009

My way



And now the end is near
And so I face the final curtain
My friend, I'll say it clear
I'll state my case of which

I'm certain
I've lived a life that's full
I traveled each and every highway
And more, much more than this
I did it my wayRegrets,
I've had a few
But then again, too few to mention
I did what I had to do
And saw it through without exemption
I've planned each charted course
Each careful step along the byway
And more, much more than this
I did it my way
Yes there were times,
I'm sure you knew
When I bit off more than I could chew
But through it all when there was doubt
I ate it up and spit it out
I faced it all and
I stood tall
And did it my way
I've loved, I've laughed and cried
I've had my fill, my share of losing
And now as tears subside
I find it all so amusing
To think I did all that
And may I say, not in a shy way

Oh no, oh no, not me
I did it my way
For what is a man, what has he got?
If not himself, than he has naugth
To say the things he truly feels
And not the words of one who kneels
The record shows,
I took the blows
And did it my way

terça-feira, 14 de julho de 2009

'Confesso: é cansaço!...'


Estou cansada. Estou cansada disto tudo. Não das pessoas que são incansáveis e que gostam de mim e criam expectativas. Não da vida, que essa, afinal, não tem culpa.
Chego à conclusão que estou cansada de mim. Estou cansada das minhas (in)capacidades. Estou cansada da mudança que o tempo trouxe e que se apoderou de mim e não me deixa voltar a ser quem fui. Estou cansada dos meus pensamentos pessimistas e escuros. Estou cansada da minha falta de sorte. Estou cansada de não ter mais espaço descoberto para ele, para os outros e, até, para mim. Estou cansada deste 'kaos' que não dá lugar ao 'kosmos'. Estou cansada de toda a complexidade de que é composta a minha cabeça, que não me deixa ver o simples.
Estou cansada de mim... assim!
E, por fim, estou cansada de estar cansada!
Preciso de férias! Preciso de descansAR! Preciso de (A)mar!





* Um dia destes vou meter-me num comboio, pode ser que encontre um pouso. Se deixar de passar por aqui, já sabem o porquê!

domingo, 5 de julho de 2009

um domingo às avessas


Estou farta desta vida, se é que se pode chamar assim... Dói-me o corpo e, sobretudo, o espírito.
Que sensação pouco concreta de uma vida que deixou de o ser. É assim como um grito de revolta por dar, ou uma angústia por sofrer (?). Ou, apenas, sofrimento... sofrido?! E por tanto sofrer, já nem sei distinguir tudo aquilo que contém.
Oiço, e, por ouvir, vejo...
Por hoje ser um domingo às avessas, as dúvidas assaltam-me e entranham-se na minha espécie de pensar. Como se eu existisse e tudo aquilo em que se desdobra o mundo também, sim, porque afinal não passa tudo da mesma coisa em cópias (quase) iguais!
Estou barricada pela decepção, desinteresse, desilusão, ...
Talvez, esteja revoltada. Talvez.

domingo, 28 de junho de 2009

Para o meu, só meu


Padrinho... Faz assim: fecha os olhos, respira fundo e diz 'EU SOU CAPAZ!'.
Depois repetes várias vezes durante o dia...e puff! Consegues sorrir ... :)
Gosto Muito de Ti

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Isto não merece título



Isto tudo porque amanhã... tenho exame de matemática! (SCARYYYYYYYYYYYYYYY)
Já nem sei quanto é 1+1!
Já confundo trigonometria com probabilidades, complexos com co-senos, radiciação com limites!
Estou à beira de um ataque de nervos.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

(Más)caras


Hoje de manhã senti-me triste. Talvez, p'lo Sol não ter aparecido como ontem. Estava frio, o dia estava diferente. Esta circunstância levou-me a pensar e a nostalgia recaiu sobre mim...
Já te deste de conta que a vida é efémera? Desperdiçamos tudo, embora pensemos o contrário.
Não pomos tudo o que somos no mínimo que fazemos, ao contrário do que disse o poeta.
Pelo contrário, somos quem não somos e passamos a viver no mundo do 'faz de conta'. E, quando caiem as máscaras vivemos na rua da amargura, porque um dia não ousámos mostrar a pureza do coração, apenas para corresponder à sociedade que nos rodeia!

E depois, quando, um dia, nos dermos de conta de todas as vezes que colocámos a máscara da falsidade em vez da pele da verdade, o mundo vai pesar nos ombros...

Tiremos essas (más)caras! Sejamos nós!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Liberdade!


Nos dias que correm faz-se uso inúmeras vezes da palavra 'liberdade', o que, até há bem pouco tempo, não era permitido. O tempo que antecedeu a Revolução de 25 de Abril de 1974, foi demarcado pela opressão e censura ao povo que queria ter voz. Comemora-se este ano os 35 anos de liberdade em Portugal. Creio, hoje, que os meus avós dirão: 'No tempo de Salazar é que era!'. Terá sido mesmo?
No tempo dito 'de Salazar', já havia jornais e os que tinham a ousadia de desafiar o poder, criticando-o e expondo aquilo que se ia dizendo entre as pessoas do povo, viam os seus textos 'corrigidos' pelo chamado 'lápis azul'. Por outras palavras, não havia liberdade de expressão, gerava-se uma guerra entre um povo a quem se abafavam as palavras e um poder sem ouvidos. Sabe-se também que para além de mudo o povo era perseguido, caso colocasse o pé na argola; se tal acontecesse iria colocar os dois pés na prisão dos homens da PIDE. E, mais uma vez, o povo português se via sujeito a, apenas, sonhar em silêncio, com a liberdade. Contudo, todos sabemos que houve alguém capaz de falar mais alto do que os senhores da lei e fez-se liberdade. Mas, afinal, o que é liberdade? Afinal, para que serve a liberdade? Será a liberdade, realmente, promotora de respeito? Gerará a liberdade... liberdade? Cabe ao povo de agora fazer o contra-balanço e concluir o que é a liberdade, na realidade.
Em suma, em clima de liberdade, dentro dos direitos e dos deveres de cada cidadão, procuremos ser livres escutando e libertando-nos, a nós e aos outros, das amarras do consumismo e das corridas para o poder, pois só assim seremos livres e saberemos o significado de liberdade!


- Exame Nacional de Português

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Margaça

Os mais bonitos da festa :) Clarinha e Gonçalo - Jantar de Finalistas 2008/2009


Todo o meu ser inspira e expira simplicidade, acho até que é esta palavra que me caracteriza. No simples é, realmente, onde está o belo. Por muito que procure mudar, por muito que queira ser diferente, talvez irreverente, esta Clara que uns dizem ser: ‘manienta’, introspectiva, brincalhona, má, reservada, autentica, simples, bonita, escritora, bruta, arrepiante, querida, totó, amiga, confidente, cúmplice, observadora, … e um sem número de adjectivos mais que agora não me lembro sabe ‘ver por dentro’ (não como a Blimunda!), lê os olhos e os pensamentos daqueles que a rodeiam. Contudo, procura todos os dias ultrapassar os seus limites, ousando sempre mais. Aquele seu Amigo, que encontrou, por acaso, sem ser um acaso, está, permanentemente, com ela; ela sabe-o, mesmo que nem sempre O ouça.

Poderia escrever o dobro ou o triplo das páginas, mas não me estendo mais.

As VI(R)AGENS que têm norteado a minha vida estarão nas próximas páginas que vais folhear.

E se alguém te perguntar por mim… diz-lhe que voei! Mas não lhe chamem fuga ou refúgio, chamem-lhe o que realmente é uma vi(r)agem: a VIDA.

Estou a Viver!


in Crónica Pessoal





Termina assim a crónica da minha vida. É verdade, não só eu, mas todos nós nos encontramos em constante VI(R)AGEM.



Nota: Esta crónica faz parte do Livro de Curso que me foi proposto (impingido!) elaborar na disciplina de Português.

Nota2: O Gonçalo não é o príncipe encantado, não! Tirem as ideias; é um amigo. E como se trata da foto mais recente, cá fica!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Freire

Ainda tenho dúvidas se, hoje, estou mesmo a escrever esta minha crónica pessoal, quase em jeito de: ‘Adeus! Já não sou pequenina (claro que sou!) e vou agora dar um grande salto para uma nova vida! ‘. Belisquem-me, por favor!

Penso, por instantes e, reflicto… mudei tanto desde que me conheço!

Não consigo definir a música da minha vida, não sei mencionar qual o livro e o filme que mais me tocaram, não sei dizer quem foi a pessoa que mais mexeu comigo, não sei dizer qual o gesto que mais me agradou ou doeu, não sei tantas coisas e quero saber tantas coisas mais!

É curioso como não sei definir quem sou. No fundo, sei-o bem, mas não o posso dizer. Sobretudo, porque tenho medo de o dizer, pois no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma, lentamente, naquilo que digo. E depois é uma complicação, porque nem eu nem tu saberemos quem eu sou, afinal.

Perspectivando o futuro, se tal me é permitido fazer… gostaria de dizer palavras diferentes de todas aquelas que já se disseram, quero ‘abdicar do não querer’ e vencer!



in Crónica Pessoal

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Maria

No ano seguinte, logo no primeiro mês, conheci ‘um rapazinho igual a cem mil outros rapazinhos’, mas diferente. Diferente no ser e no sentir, no falar e no demonstrar. Os projectos brotaram espontaneamente e a confiança cresceu com naturalidade. Anseio pelo seu regresso ao meu dia-a-dia, para puder partilhar todo o meu sentir.

Em 2008, fui conhecer mundo: por terras de sua majestade, fortaleci e criei novos laços com pessoas com quem, agora, partilho experiências, diariamente. Foi o ano em que fiz 18 (DEZOITO!) anos. Guardo, como recordação, um postal que diz: ‘a mulher que gosta de ser o que é e como é, mas que quer todos os dias ultrapassar os seus limites’. Sim, aprendi a gostar de mim, dei conta que tenho de dar conta às pequenas coisas, que no fundo são as maiores, aprendi que o amor é possível, aprendi que lutar não dói, aprendi que perder nem sempre significa que a vida acabou, aprendi que viver não custa… o que custa é saber viver!

No Verão deste mesmo ano, senti nas mãos o prazer da confiança juntamente com uma multiplicidade de sentimentos... e essas coisas!

Hoje, sinto que o tempo passa a correr…


in Crónica Pessoal

sexta-feira, 29 de maio de 2009

A

Em 2006, por influência de um amigo próximo, inscrevi-me na preparação para o Crisma. Eu, Clara Maria, a mais rebelde da minha rua ia voltar para a catequese, só podia estar maluca. Foi, sem dúvida, o primeiro passo da ‘transfiguração’, ninguém diria. Juro-vos! Havia (há!) algo em mim que me dizia (diz!) que o caminho correcto não era o que estava a levar até então. Descobri, sozinha, ou não, que, e sem querer usar frases feitas, o essencial é invisível aos olhos. Foi, já no ano das Maravilhas que tudo aconteceu; nunca hei de esquecer o momento em que o D. António Francisco me ungiu os óleos na testa. Memorável, é a palavra que encontro para definir tudo o que recordo. Tinha começado uma nova etapa. Ao mesmo tempo que tudo isto acontecia, encontrei um amigo e confidente que hoje é como um pai.
No mês das Maravilhas, eu conheci a oitava. Alguém que se revelou na minha vida, alguém que sabe ser, alguém que confia, alguém em quem confio, verdadeiramente, alguém por quem nutro uma cumplicidade cúmplice; uma peça fundamental no puzzle que tenho vindo a construir.
Um ano de transformações e conhecimentos que, no fim, fazendo o seu balanço: valeu a pena!


in Crónica Pessoal
Hoje fui à praia! Meu Deus... soube tão bem deitar na areia e ouvir o Mar! :)
Acreditem ou não, levantei a camisola e já tenho a barriga bronzeada, que espetáculo! :P*
Só eu, relamente!