sexta-feira, 30 de abril de 2010

o que é teu


Deixa-me tocar na tua alma,
respirar os teus desejos
e ver o teu coração
reflectido no teu olhar,
ler os teus gestos
e ouvir a tua voz calada,
ao longo do teu caminhar.
Deixa-me completar-te,
fazer vida dos teus sentimentos
e, por fim, adormecer
num eterno sonhar.

domingo, 18 de abril de 2010

alguéns pessoas

Isto há coisas que realmente...
Existem pessoas que são mesmo... pessoas. E eu sou uma privilegiada por conhecer vários alguéns, que nunca poderão ser chamados de 'ninguém', porque deles brota um conteúdo imenso.
Eu explico, porque isto pode soar-vos a estranho.
Há momentos, aqueles em que a boca seca e dos olhos jorram uns estranhos fios de água, que mais parecem tormentos, aqueles momentos em que núvens cinzentas se acercam do nosso ser e, por conseguinte, deixamos de... ser... esses mesmos momentos em que só nos apetece dormir para que se limpe o pensamento e haja a possibilidade de pintarmos as coisas de coloridas e alegres tonalidades, esses momentos em que tudo parece estar à beira do abismo e nada fazer sentido - ainda que se realizem um sem número de probabilidades e equações... Na verdade, (e cito um alguém pessoa) isto é tudo uma 'outra equação'. Umas contas que não precisam de calculadora, mas sim de um coração nada calculista, apelando à construção de um caminho exponencial, a par de (muitos) 'alguéns' por esse mundo fora.
Isto tudo para dizer que... sou Feliz... (!) simplesmente, porque sinto que sou alguém, porque cada um de vós é um braço, um pé, uma mão, os olhos, ... e o coração da minha existência.

Obrigada a ti. A ti. A ti. E a Ti também. :)

quarta-feira, 14 de abril de 2010

felicidade una

meu amor
não
de perdição,
porque em ti me encontro,
nas avenidas cruzadas
desnudadas de segredos,
buscando incessante
a felicidade una
que nos compõe,
rejeitando a desgostosa amargura
quando me deixas ao deus-dará.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Liberta o coração

As palavras que dizes
Denunciam todo o enlevo
Que guardas em fechados segredos;
A voz trémula,
As mãos suadas,
O olhar fugidio
Liberta-o! Liberta o coração
Que balança
Numa harmoniosa melodia
Que nos move e conduz
Em andamentos de pureza e suavidade.