quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Rascunhos a Lápis VI


'As nubes fogem de ti porque tu brilhas como o Sol!'
As palavras que mais doem são, precisamente, aquelas que não são ditas. E ficam a saudade e as perguntas constantes.
Serão poucas as vezes, as vezes que pensares que penso em ti.
Quase um trocadilho, no entanto, a realidade em que vivo.
Vou vivendo... espero que venhas aquando o amanhecer.
Observo a cor preta a ficar entranhada no papel. Uma vez disseram-me que desenho as letras. Quem me dera desenhar estas palavras dentro de ti. No teu coração. Em tinta 'eternopermanente'.
Odiar-te? NUNCA! Se estou a viver e a passar por tudo isto é por que assim tem de ser.
Amo-te. É pouco!
Nunca é inútil dizer aquelas típicas frases - 'Não estás aqui, mas estás sempre comigo!'.
'Posso dizer-te que és especial?'. Lembraste?
Desculpa os meus medos. Perdi-te por eles.
Se um dia tive medo de sentir saudades do tempo, hoje tenho medo deste. Não pára, nunca. Recuar, seria o ideal. Mas é impossível.
Todos falam de Natal. Cantam músicas desta quadra, pensam em prendas,... Eu limito-me a pensar no teu regresso que, cada vez, parece mais distante.
Às vezes penso que é impossível que (me) tenhas esquecido. Tu não és assim. Sempre julgaste o contrário, mas eu conheço-te bem, como ninguém. Conheço-te pelo olhar e, até pela maneira como (me) escrevias.
Estas palavras, mais do que sentidas e choradas, são para ti que sabes quem és, mas que procuras por ti.
Sei que passas aqui. Eu sinto-te.
Amor. É pouco.

CM * 18 de Dezembro de 2008

2 comentários:

Anónimo disse...

Profundo e sentido!

Anónimo disse...

muito profundo e bonito...
quase nem pareces uma leiga a português :)