quarta-feira, 29 de julho de 2009

Como a flor


Preciso tanto de Te falar no silêncio. Preciso de uma conversa como outrora tivemos.

De repente, sem saber porquê, tudo perdeu a cor. O ensurdecedor silêncio que ouço não me deixa escutar-Te e a estranha luz que me cega não me deixa ver-Te.

É uma verdade que carrego, que já não suporto, que não compreendo, que dói... Dói querer e não conseguir. Dói fazer as coisas sem gosto, apenas para manter as aparências. Dói porque não existe mais em mim a coragem e ousadia para caminhar além. Dói porque não consigo erguer os braços para mudar. Dói porque sinto falta de Te escutar. Dói porque ao olhar não Te vejo.

Foi, talvez, a chorar que consegui ver-Te e sentir-Te com o coração e, foi aí, quando estava caída, que me estendeste a mão e me sopraste nos olhos. Por saber que assim foi, hoje, sinto um peso enorme sobre mim.

Sinto-me assim, como a flor... Não preciso de mais nada, a não ser de Ti...

2 comentários:

cathy disse...

Se tivesses ido a S.Jacinto terias percebido que há tantos outros a sentir o mesmo. Mas essa dor não passa nem passará se permaneceres no lugar. Tens de abrir as portas do teu cenáculo pessoal e procurar as respostas pelo mundo... dúvidas todos temos, vontade de desistir às vezes... mas a nossa cruz nunca será do tamanho da D'Ele... e Ele suportou-a.E ganhou Vida!

je t'aime

LUIS FERNANDES disse...

Gostei de "te" ler. Estás a escrever cada vez melhor. E como correeu o tal concurso em que te inscreveste?
Abraço.
Luis Fernandes