quarta-feira, 29 de julho de 2009

Como a flor


Preciso tanto de Te falar no silêncio. Preciso de uma conversa como outrora tivemos.

De repente, sem saber porquê, tudo perdeu a cor. O ensurdecedor silêncio que ouço não me deixa escutar-Te e a estranha luz que me cega não me deixa ver-Te.

É uma verdade que carrego, que já não suporto, que não compreendo, que dói... Dói querer e não conseguir. Dói fazer as coisas sem gosto, apenas para manter as aparências. Dói porque não existe mais em mim a coragem e ousadia para caminhar além. Dói porque não consigo erguer os braços para mudar. Dói porque sinto falta de Te escutar. Dói porque ao olhar não Te vejo.

Foi, talvez, a chorar que consegui ver-Te e sentir-Te com o coração e, foi aí, quando estava caída, que me estendeste a mão e me sopraste nos olhos. Por saber que assim foi, hoje, sinto um peso enorme sobre mim.

Sinto-me assim, como a flor... Não preciso de mais nada, a não ser de Ti...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Foi Deus!


Ultimamente, não tenho motivo, emoção, inspiração para escrever!
Não sei discernir palavras, gestos, sons, cheiros, sabores e traduzi-los em poesia. É como se o peito não batesse o compasso que me vai mantendo aqui.
Delicio-me, neste momento, com o som do projecto 'Amália Hoje'; que obra prima. E, as letras, nesta versão, para mim, são ainda mais bonitas.

'Misto de ventura, saudade, ternura, e talvez amor.'

Realmente, 'Foi Deus' que fez tudo, exactamente, TUDO! Tudo, à excepção do mal. Pelo mal, somos nós responsáveis, todos assinamos por baixo. É de entristecer!
Esquecemo-nos tantas vezes de olhar, simplesmente, as estrelas, a relva a crescer, ... Esquecemo-nos ainda mais vezes de agradecer por acordar todas as manhãs e ter a graça de saborear, de graça, o dia que vem.
Contudo, as controvérsias e desilusões que a vida vai trazendo desalentam qualquer um, ainda que este/a não queira. As forças para evitar escasseiam, o sentido já não tem sentido e a razão perdeu a razão. Acabamos por nos sentir à beira da loucura. Gritar já não salva!

domingo, 19 de julho de 2009

My way



And now the end is near
And so I face the final curtain
My friend, I'll say it clear
I'll state my case of which

I'm certain
I've lived a life that's full
I traveled each and every highway
And more, much more than this
I did it my wayRegrets,
I've had a few
But then again, too few to mention
I did what I had to do
And saw it through without exemption
I've planned each charted course
Each careful step along the byway
And more, much more than this
I did it my way
Yes there were times,
I'm sure you knew
When I bit off more than I could chew
But through it all when there was doubt
I ate it up and spit it out
I faced it all and
I stood tall
And did it my way
I've loved, I've laughed and cried
I've had my fill, my share of losing
And now as tears subside
I find it all so amusing
To think I did all that
And may I say, not in a shy way

Oh no, oh no, not me
I did it my way
For what is a man, what has he got?
If not himself, than he has naugth
To say the things he truly feels
And not the words of one who kneels
The record shows,
I took the blows
And did it my way

terça-feira, 14 de julho de 2009

'Confesso: é cansaço!...'


Estou cansada. Estou cansada disto tudo. Não das pessoas que são incansáveis e que gostam de mim e criam expectativas. Não da vida, que essa, afinal, não tem culpa.
Chego à conclusão que estou cansada de mim. Estou cansada das minhas (in)capacidades. Estou cansada da mudança que o tempo trouxe e que se apoderou de mim e não me deixa voltar a ser quem fui. Estou cansada dos meus pensamentos pessimistas e escuros. Estou cansada da minha falta de sorte. Estou cansada de não ter mais espaço descoberto para ele, para os outros e, até, para mim. Estou cansada deste 'kaos' que não dá lugar ao 'kosmos'. Estou cansada de toda a complexidade de que é composta a minha cabeça, que não me deixa ver o simples.
Estou cansada de mim... assim!
E, por fim, estou cansada de estar cansada!
Preciso de férias! Preciso de descansAR! Preciso de (A)mar!





* Um dia destes vou meter-me num comboio, pode ser que encontre um pouso. Se deixar de passar por aqui, já sabem o porquê!

domingo, 5 de julho de 2009

um domingo às avessas


Estou farta desta vida, se é que se pode chamar assim... Dói-me o corpo e, sobretudo, o espírito.
Que sensação pouco concreta de uma vida que deixou de o ser. É assim como um grito de revolta por dar, ou uma angústia por sofrer (?). Ou, apenas, sofrimento... sofrido?! E por tanto sofrer, já nem sei distinguir tudo aquilo que contém.
Oiço, e, por ouvir, vejo...
Por hoje ser um domingo às avessas, as dúvidas assaltam-me e entranham-se na minha espécie de pensar. Como se eu existisse e tudo aquilo em que se desdobra o mundo também, sim, porque afinal não passa tudo da mesma coisa em cópias (quase) iguais!
Estou barricada pela decepção, desinteresse, desilusão, ...
Talvez, esteja revoltada. Talvez.