sexta-feira, 23 de outubro de 2009

unicidade

Não me peças para explicar,
sente, somente;
é grande e poderoso esse sentimento,
que faz mover Everestes,
ouve no vento a minha voz,
lembra, sonhando cada promessa
jurada em instantes eternos,
guarda o toque
do meu coração no teu,
como um Sol que nasce
e renova a vida de quem ama.

3 comentários:

Jorge Mesquita disse...

RIO SOLENE

Nas margens dum rio solene
As águas do teu perfume
São asas da voz perene
Que enfeitiça este lume
Que se acende quando passas
A ponte com que me abraças
Entre um sonho que vive
E o amor que nunca tive

Não receio quem contradiz
A contradição do medo
Nem estranho o infeliz
Que é feliz em segredo
Porque a força que o conduz
É a fonte que reluz
Nas noites do seu apreço
P´la vida que não tem preço

Seremos a rua felina
Que não teme a coragem
De ser a voz peregrina
Dos corpos sem a miragem
Das viagens que são espigas
Bailando como cantigas
Que não se ouvem em desertos
Onde não há voos libertos

Passaremos por neblinas
Em concertos de ternuras
Em barcos de concertinas
Que são olhos de aventuras
Onde os mudos de universos
São as belezas dos versos
Que são o fogo das vidas
E as cinzas das feridas.

Oeiras, 24/10/2009 – Jorge Brasil Mesquita

P.S. - As contradições fazem parte dos cenários da vida. Tem todo o tempo do mundo para descobrir qual será o seu. Estes versos são palavras de agradecimento por ter vindo até mim.

Daniela disse...

Ai tão fofinho clarinha ;D

Jorge Mesquita disse...

Nunca olhes as sombras dos dias, acorda o sol das noites, onde a beleza de se sentir o que se sente, é a claridade da vida que se quer viver. Admira os poentes do sonho e bebe todos os fios da nascente que crepitam na fome de seres o prazer da vida que se renova em cada olhar que te observa o futuro.

Oeiras, 28/10/2009 - Jorge Brasil Mesquita