segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Obrigada



Antecederam-se dias difíceis. Ainda nada foi esquecido, se é que alguma vez o poderemos fazer.
No entanto, é nesta altura que me encontro a reflectir sobre acções vividas. E agora, dou o devido valor a palavras, gestos, ordens, ... e sem dúvida, à presença das pessoas que viveram e sofreram (sofrem!) por mim.
Diz-se que quando perdemos (?) algo é que lhe damos o devido valor; não deixa de ser verdade.
A ausência corroi. As lembranças assaltam a memória, constantemente.Vêm momentos que já nem lembrava que existiram.
Dou-me de conta de que a minha compreensão e sensibilidade estão mais apuradas, principalmente, com aqueles que carecem de carinho, por tanto o terem dado.
São instantes como este que me levam a avaliar as injustiças que tecemos ao longo da vida; e colocamos na balança o tempo útil e o desperdiçado, e chegamos a ter medo de saber qual o prato que mais pesa. Não são cinco minutos de vinte e quatro horas que vão fazer o dia mais pequeno; pelo contrário: o nosso dia passará a ter vinte e quatro horas e cinco minutos, porque demos esse tempo a mais a alguém, a quem o tempo (já) não perdoa.
E é nestes momentos, também, que descobrimos quem não apenas rejubila connosco, mas sofre também e nos dá a mão, o ombro e o coração.

Obrigada a todos vós que estivestes presentes. :)

7 comentários:

cathy disse...

Assim é a amizade. Não dar porque se espera algo em troca, mas saber que quando precisamos esse alguém está lá gratuitamente:)

Daniela disse...

Oh clarinha!

Admiro a tua força ;)

Já fiz a tu dedicatoria...e esta assim po grande x'D

Depois dou =p

Já sabes...e sempre soubes-te...podes contar com eu...

Beijos

António Valério,sj disse...

Continuo contigo! Já digo alguma coisa... ;) beijinhos e desejo-te consolação e paz.

Carlos Gonçalves disse...

Clara, neste momento não há palavras, há gestos, há carinho...

Um beijo, para ti, meu bem.

Carlos

Jorge Mesquita disse...

Amor da minha distância, não tenhas pressa em assimilar o dia todo. Vai devagar, não queiras amadurecer de um só gole. A vida é uma construção difícil de erguer, por isso, tem que ser passo a passo, e nesse passo a passo há dores e risos que necessitam de ser limados pelas selecções que se fazem ao longo da vida. Amadurecer é uma ciência que se aprende a muito custo, especialmente, nos momentos difíceis de ultrapassar quando se é, ainda, jovem. Nunca te esqueças de guardar num cantinho de ti mesma, um pedaço infantil que te ajudará a refrescar o amadurecimento, seja qual for o caminho que escolhas. Talvez não devas levar estes conselhos muito a sério, mas, pelo menos, espero que os compreendas e te ajudem a ultrapassar a profunda tristeza que te anoitece os dias. Que a vida te cresça em paz, amor da minha distância.

Oeiras, 18/11/2009 - Jorge Brasil Mesquita

uminuto disse...

e a presença continua. assim tu o queiras
um beijo

Jorge Mesquita disse...

Informo que o meu blogue foi suspenso por mim em 22/11/2009

Jorge Brasil Mesquita