Há bem pouco tempo, entre conversas banais e menos banais, perguntei a uma ela, por sinal, muito próxima de mim, algo que devo ter escutado em algum sitio: Se pudesses, o que mudarias no passado da tua vida?
"Ah, muita coisa..." - foi a resposta. Não me satisfiz; apenas, "Olha, porque sim...", respondeu.
Dei por mim a pensar que eu não mudaria nada. Claro que não! Nem os momentos bons nem os mais desgostosos. Seria a comprovação, às claras, de que não gosto de mim como sou hoje, as pessoas que me envolvem não seriam as certas, o que faço não teria sabor, ... o que é uma terrível mentira! Por muitos momentos de inseguranças e dúvidas que o dia-a-dia me possa trazer... Claro que surgem as perguntas 'E se fizesse aquilo?', 'E se tivesse ido lá?', claro que surgem; mas, se um dia tomei as decisões que considerei as correctas e hoje cheguei aqui, só tenho de agradecer esse (GRANDE e ÚNICO) facto, todas as manhãs.
Eu gosto de ser quem sou, como sou, com quem sou...
Se houvesse a eventual possibilidade de entrar numa máquina do tempo e recuar, pediria, somente, para (continuar a) viver.
Se mudasse um gesto, por mais pequenino que fosse, um espaço, ou mais, estaria por preencher no puzzle da Vida que tenho vindo a construir.